quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Ausências antigas...


Coimbra, 25 de Agosto de 2004

Fazes-me falta!
É o título do livro que tenho à frente… e é tão verdade!
Fazes-me falta quando ris, fazes-me falta quando choras, fazes-me falta quando te chateias, fazes-me falta quando te aborreces, quando te irritas ou quando estás feliz! Fazes-me falta quando és simplesmente tu! Fazes-me sempre falta…
Sinto saudades de te beijar, de te abraçar, de acariciar o teu cabelo… de te dar o mimo que tantas vezes pediste e eu recusei… porquê? Estava cansada?!? De quê?!? De ter alguém que me amava pelo que era? Sim, pelo que era… já não sei o que sou! Cansada de olhar nos teus olhos e ver ternura? Agora era tudo o que queria!
Eu criticava quem não estimava e dava valor aos amigos, namorados, família, … enfim, Às pessoas que nos amam! Mas quem sou eu para criticar alguém? Na minha cegueira de perfeição, de querer sempre mais, também eu era assim… não sei se ainda sou… como poderei saber??? Eu achava que não era!!! E no entanto o que eu mais queria agora era aquilo que tantas vezes desprezei… tu já não voltas e eu não vou voltar a acariciar os teus cabelos, as tuas mãos, … a sentir o teu corpo, o teu carinho e o teu desejo… e tudo isso me faz falta…
Faz-me falta porque me perdi em tudo isso! Tu fazes-me falta porque os meus olhos perderam-se nos teus e, agora que não voltas, não mos vais devolver… como poderei olhar o mundo sem o que nos teus olhos perdi?
Fazes-me falta porque me perdi em ti… como poderei saber quem sou se levaste contigo tudo o que era...
Não tenho certezas! Amo-te, mas nem disso tenho a certeza! Não há certezas nos sentimentos… eles são bonitos e válidos porque e quando se fazem de incertezas. Talvez se não tivesse tido tanta certeza do teu amor tivesse lutado mais por ele… mas eu sempre fui a “Sra. das Certezas”… sempre tive o “nariz empinado” (citando alguém que me é muito querido) e achei que sabia tudo…
Talvez o momento em que perdi todas as certezas tenha sido o momento em que mais te amei… não sei! Talvez tenha sido apenas o momento em que vi como te amava…
A vida é feita de incertezas e eu só sei viver na certeza! O mais estúpido é que a única certeza que me dás é aquela que eu não consigo aceitar e aí prefiro a incerteza! Porque é que eu não aceito que não voltas?!? Não sou eu que gosto das certezas?!? Tu já me deixaste bem claro que posso ter a certeza disso… mas eu não quero!!! Quero antes a incerteza… porque essa é a esperança… e, por muito vã que seja, é de esperança e sonho que é feita a vida…

Fizeste-me tanta falta!:)

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