segunda-feira, 21 de abril de 2008

???


"Quando te terei à minha frente?
Sorriso trocista, olhos a transbordar de riso.
Quando saberei que és real?
Corpo maciço, homem banal.
Quando me encontrarás?
Surpresa imprevista, acaso de sorte.
Quando me tomarás?
Bola de fogo, carinho brando.
Quando te perderás em mim?
Fim do caminho, vida completa.

Quando? Quando? Quando?
Quando deixarei de te esperar?"
in "O Diário da Teresa"

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sala de Espera...



E dou por mim “presa”… Presa a algo que não sei definir, que não consigo descrever… que desisti de entender!
As vezes sinto que a minha vida é uma enorme sala de espera e, quando finalmente chamam o meu nome é como se eu já não soubesse o que estou ali a fazer… De que estou à espera afinal agora que me chamam?
É como se tivesse esperado tanto e tanto que de repente já não faz qualquer sentido estar ali… porque tudo tinha afinal “passado” e apenas eu não dera por isso…
Passado? Não sei… Não…
Porque continuo a saber porque cá estou… senão já teria ido embora, certo? Ou talvez não… Talvez me faltasse a coragem ou “sobrasse” a curiosidade… essa que me leva tantas vezes a ficar… e às vezes até a correr…
Presente? Não sei… Sim… Talvez…
Porque de facto aqui continuo… mas a ansiedade da espera é cada vez menor!
Será que quero menos???
Não… não sei… não… não acredito…
Acho é que acredito cada vez menos… Julgo que me perco cada vez mais… Talvez seja a minha memória a “trair-me”…
Perco-me no tempo, que devora “sôfrego” o meu querer…
O que faço afinal nesta sala???