domingo, 25 de fevereiro de 2007

Odeio-te...




Porquê??? Porque não consigo ver-te??? Porque mesmo depois de meses de afastamento e todas as certezas que és tudo o que eu não quero basta olhar para ti e com um sorriso deitas tudo por terra…
Odeio-te… Porque é que eu que nunca dei a devida atenção a pessoas tão importantes na minha vida e ta dou a ti??? Porque é que um olhar teu enche o meu mundo???
Este desespero que me domina… a angústia que se atravessa no meu respirar! És tudo aquilo a que não quero voltar e mesmo assim não me sais do pensamento! Deixa-me…
Tenho tantas razões para não te querer… devo ter um livro cheio… talvez mesmo uma enciclopédia de tantas que foram as situações humilhantes que me fizeste passar… e mesmo assim, enquanto o meu ser racional me diz “Afasta-te… caminha depressa e não olhes para trás”, há algo em mim que quer acreditar e que, por tanto querer, não me deixa voar…
Sei que vais trazer de novo as lágrimas e as noites de angústia em que o sentir que te dedico não me permite a tranquilidade do descanso… Sei que vais trazer contigo a constante falta de tranquilidade… O não estar bem em lado nenhum e esperar sempre o telefonema que não vem… e, quando finalmente me consigo afastar e já nem penso que um dia o telefone possa voltar a tocar ele toca… e do outro lado tu, com o maior descaramento do mundo, dizes que sentes a minha falta e pedes-me que volte…
E eu desmancho-me de dor para que não me desmanche perante ti e consigo dizer-te um fraco e tremido não… e desligamos! E tu sabes, tal como eu também sei, que aquele “não” foi uma promessa… que aquele “não” foi mais uma prova do poder que exerces sobre mim! E eu odeio-te por isso…
odeio-te por acreditar e por saber onde tudo isto me vai levar…
odeio-te por saberes que eu volto…
odeio-te por cada lágrima que já chorei…
odeio-te por cada minuto de ansiedade a que me expões…
odeio-te por depois de meses de tranquilidade sem te ter por perto, teres conseguido com um sorriso deixar-me assim… nessa ansiedade e nessa angústia que atravessam o meu respirar e não me deixam dormir…
odeio-te por desta vez até eu saber que o “não” que tenho pronunciado é apenas temporário…

por desta vez até eu saber que vou voltar… Odeio-te…